quarta-feira, 28 de maio de 2014

Suspiro.

  Entramos no quarto, dei o passo primeiro. Te peguei pelos braços e o puxei  tentando evitar que você olhasse as minhas lágrimas escorrerem...
  No momento não pude evitar de esconder o medo, que começou a contagiar todo o meu corpo.
  Meus dedos penetraram sua carne pelas costas tentando procurar segurança. Procurando ter mais de você em mim, pois o que me perturbava era pensar que não o teria mais por perto na manhã seguinte, mas a sensação de ter tocado sua pele, era como se antes eu estivésse caindo em um abismo, mas segurar em você, acabou sendo como encontrar o chão em segundos. Foi calmo, um alívio. A sensação me inundou profundamente quando Suspirei.
  Nossos corpos juntos estavam apegados, e mesmo a escudirão tomando nossa visão, meus dedos tocavam seu rosto. Senti a pele morna sua e os contornos mentalizei com calma. Fechei os olhos e só o que restou de mim foi o desejo de fazer daquele momento o único.
  Próximos pudi sentir o irregular de sua respiração. Medo de errar, medo de não saber o que fazer não existia mais entre nós. Um passo que eu desejava, você tomava o outro por mim. Nossos movimentos estavam conectados por uma sensação inacabável de amor. O desejo de ter um ao outro era infinito como a distancia entre as estrelas e o solo.
  Mesmo sabendo que era sua, meu corpo o queria por perto. Mesmo sabendo que o teria de volta, não queria que acabasse. Minhas mãos escorreram pelos fios de seu cabelo e juntei o lado do meu rosto ao seu. Um sorriso tomou conta da minha boca e você pressionou os seus lábios nos meus. Me prometeu estar comigo. Sussurrou-me amor eterno. Não havia medo ou insegurança em sua voz. Só havia... Amor intenso.
  O estralar de seus lábios pude ouvir. O som do seu coração batendo forte pudi sentir através de seu colo firme quando me aproximei. Minhas mãos começaram a correr por seu corpo. Respirei fundo tentando controlar os desejos mais profundos habitados em mim, mas eu os contive, porque sabia que entre nós, O amor é um sentimento eterno. Conseguimos encontrar em nós um puro, calmo e sereno, então quis que durasse. Para sempre. Sem intervenção de luxo algum. 
  











  Era começo de outono e as folhas começavam a cair. O frio avisava que chegava quando ao meio de uma ponte meu rosto tomava o vento. Frio, devastador e árduo. Meus olhos se fecharam e de repente observei meu corpo em um outro lugar...